macerazion
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Um grande expoente da música cannábica, O inventor da escala tricomática, Jah Ksom Blues Berry, foi meu avó, na época em que os músicos cannábicos tocavam ao vivo, não esta porcaria de neuro-holografia que impregna as sinapses do campo visual, o campo mais caro para acesso cerebral, eu particularmente bloqueio meu campo neuro-olfativo para qualquer tipo de cheiro transmitido em imersão neurônica total, tentei instalar alguns filtros, mais atachacado numa linda paisagem descarregamos também o cocô de cachorro que se infiltra por baixo do sapato, o problema do virtual é que ele ficou muito real, este hiperrealismo é só uma fase, faz uns 200 anos que a humanidade viveu a fase surrealista na Imersão Total Mente Loka, nesta época meu avó criou a escala tricomática, uma escala que usa várias portas de entrada do campo auditivo provocando sinestesia quando afeta os campos visuais produzindo ligeiras tonalidades na percepção da realidade conjuntural, a realidade interior + a realidade...
Ah, ah, ah.
Desculpem o longo comentário depois da pré-historieta, mas é tudo historinha mesmo, a imaginação do solto...
Imagino que daqui a uns quarenta anos quando eventualmente lerem estes contos cannábicos não acreditem que a perseguição, criminalização e discriminação, imposta mundialmente, aos maconheiros e usuários de drogas ilicitadas, tenha sido real, que alguém tenha tido sua vida destruída pelo Estado Proibicionista Mundializado, um complô bélico que se articulou no início do século XX contra os usuários de drogas das minorias sociais, pois as drogas pesadas das industrias farmacêuticas não são perseguidas, nem seus usuários são presos. Muitas vezes vão pensar, “é muito exagero cyberpunk/cyberpink”, não é possível que metade da lotação (no Brasil é melhor dizer superlotação) das penitenciárias estejam cheias de “crimes ligados a maconha”, e 49% seja de usuários de maconha, (http://www.psicotropicus.org/home/detalhe.asp?iData=247&iCat=253&isub=1&nsecao=Notícias) quase um milhão de pessoas presas por ano somente nos EUA, tem até contador na internet...
No mês passado, em outubro de 2006, o Brasil avançou na defesa da cidadania e extinguiu a pena de prisão para usuários de drogas, o enfoque é no sentido de proteger o usuário, ajudá-lo no que for possível para preservar sua saúde, a Redução de Danos é uma diretriz; o uso propriamente dito nunca foi crime no Brasil, mas sim o porte, por isto exame de sangue positivo não poderia resultar em processo, é atípico (não consta na letra da lei: ingerir ou usar drogas ilícitas ou controladas); esta descriminalização do usuário foi um processo lento, mas sólido, várias jurisprudências foram criadas antes. Na lei brasileira não existe crime de auto-lesão, assim o uso propriamente dito nunca foi criminalizado, aliás, depois da noção de crime hediondo poderíamos ter a noção de punição/criminalização ridícula, assim, exagerando bastante, como condenar à morte quem tenta cometer suicídio, ou exagerando mais ainda (uma vez que o outro ia querer morrer mesmo) prender alguém por uso de drogas étnicas, principalmente maconha, tendo como desculpa, ou melhor, protegendo o bem tutelado, a saúde pública, o que resume simplistamente em prender alguém para preservar sua saúde e a da sociedade, em plena luta anti-manicomial, e passado tanto tempo dos leprosários (e ninguém pensa em prender soro-positivo para HIV), fica na contramão da história da cidadania prender alguém pelo uso de seu próprio corpo, no afã de impedir uma epidemia, e nunca houve no mundo milenar da cannabis nenhuma “epidemia de maconha”, ao contrário da epidemia do álcool, que é incentivada, é a hipocrisia inerente a todo proibicionismo, geram a epidemia industrial ceifadora de vidas, proíbem a cannabis, mesmo a medicinal, e incentivam o álcool, e ganham muito dinheiro com isto, o nosso sangue mundialmente derramado.
Mais uma vez um fenômeno de votação para uma “candidato legalise”, depois daquela do Minc, agora chegou a vez do veterano pela causa do direito ao uso do próprio corpo, particularmente, penso eu, no tocante ao prazer e soberania própria, o Gabeira, o mais famoso e antigo (sem ser velho) político brasileiro a defender abertamente a legalização da maconha, e a descriminalização total do usuário. Imagino que após esta vitória ele esteja muito feliz, o que era crime, ser usuário, ou na letra da lei, portar para uso próprio, passível de pena de prisão de seis meses até três anos, agora passa a ser uma infração sui generis, pois não comina pena de prisão ou multa, ficando garantida a cidadania grower (um movimento cultural internacional anti-narco-tráfico) quando estabelece que plantar alguns pés para consumo próprio é coisa de usuário, não gera pena de prisão nem multa, nem suja sua ficha criminal, mas as plantas serão destruídas após averiguadas, ou seja, no jardim não dá... ainda não, vamos ver quando ficar claro que é redução de danos trocar o álcool, principalmente para quem tem problemas com o álcool, pela maconha, e que é melhor fumar/vaporizar ou beber o “chá verde” (que não é psicotrópico. Existem outros remédios na erva). O fato é que o Brasil caminhou muito neste sentido, legalizando e reconhecendo respeitosamente as religiões do Daime; a religião rastafari não possui templos (ditado pela tradição ancestral, historicamente, depois, a religião passa a ter templo, mas ele é vazio, o altar é vazio), isto dificulta enquadrar em cerimônia de culto o uso do sacramento cannábico e despenalizar/aceitar o uso religioso da maconha. Primeiramente teríamos que aceitar a maneira que a religião rastafari se constitui, o corpo é o templo, como na ioga, por isto ser Intal, naturalista, higiênico e ecológico.
Querem ler sobre a nova lei brasileira:
http://www.icmag.com/ic/showthread.php?t=44420
Abraços Canábicos!
Ah, ah, ah.
Desculpem o longo comentário depois da pré-historieta, mas é tudo historinha mesmo, a imaginação do solto...
Imagino que daqui a uns quarenta anos quando eventualmente lerem estes contos cannábicos não acreditem que a perseguição, criminalização e discriminação, imposta mundialmente, aos maconheiros e usuários de drogas ilicitadas, tenha sido real, que alguém tenha tido sua vida destruída pelo Estado Proibicionista Mundializado, um complô bélico que se articulou no início do século XX contra os usuários de drogas das minorias sociais, pois as drogas pesadas das industrias farmacêuticas não são perseguidas, nem seus usuários são presos. Muitas vezes vão pensar, “é muito exagero cyberpunk/cyberpink”, não é possível que metade da lotação (no Brasil é melhor dizer superlotação) das penitenciárias estejam cheias de “crimes ligados a maconha”, e 49% seja de usuários de maconha, (http://www.psicotropicus.org/home/detalhe.asp?iData=247&iCat=253&isub=1&nsecao=Notícias) quase um milhão de pessoas presas por ano somente nos EUA, tem até contador na internet...
No mês passado, em outubro de 2006, o Brasil avançou na defesa da cidadania e extinguiu a pena de prisão para usuários de drogas, o enfoque é no sentido de proteger o usuário, ajudá-lo no que for possível para preservar sua saúde, a Redução de Danos é uma diretriz; o uso propriamente dito nunca foi crime no Brasil, mas sim o porte, por isto exame de sangue positivo não poderia resultar em processo, é atípico (não consta na letra da lei: ingerir ou usar drogas ilícitas ou controladas); esta descriminalização do usuário foi um processo lento, mas sólido, várias jurisprudências foram criadas antes. Na lei brasileira não existe crime de auto-lesão, assim o uso propriamente dito nunca foi criminalizado, aliás, depois da noção de crime hediondo poderíamos ter a noção de punição/criminalização ridícula, assim, exagerando bastante, como condenar à morte quem tenta cometer suicídio, ou exagerando mais ainda (uma vez que o outro ia querer morrer mesmo) prender alguém por uso de drogas étnicas, principalmente maconha, tendo como desculpa, ou melhor, protegendo o bem tutelado, a saúde pública, o que resume simplistamente em prender alguém para preservar sua saúde e a da sociedade, em plena luta anti-manicomial, e passado tanto tempo dos leprosários (e ninguém pensa em prender soro-positivo para HIV), fica na contramão da história da cidadania prender alguém pelo uso de seu próprio corpo, no afã de impedir uma epidemia, e nunca houve no mundo milenar da cannabis nenhuma “epidemia de maconha”, ao contrário da epidemia do álcool, que é incentivada, é a hipocrisia inerente a todo proibicionismo, geram a epidemia industrial ceifadora de vidas, proíbem a cannabis, mesmo a medicinal, e incentivam o álcool, e ganham muito dinheiro com isto, o nosso sangue mundialmente derramado.
Mais uma vez um fenômeno de votação para uma “candidato legalise”, depois daquela do Minc, agora chegou a vez do veterano pela causa do direito ao uso do próprio corpo, particularmente, penso eu, no tocante ao prazer e soberania própria, o Gabeira, o mais famoso e antigo (sem ser velho) político brasileiro a defender abertamente a legalização da maconha, e a descriminalização total do usuário. Imagino que após esta vitória ele esteja muito feliz, o que era crime, ser usuário, ou na letra da lei, portar para uso próprio, passível de pena de prisão de seis meses até três anos, agora passa a ser uma infração sui generis, pois não comina pena de prisão ou multa, ficando garantida a cidadania grower (um movimento cultural internacional anti-narco-tráfico) quando estabelece que plantar alguns pés para consumo próprio é coisa de usuário, não gera pena de prisão nem multa, nem suja sua ficha criminal, mas as plantas serão destruídas após averiguadas, ou seja, no jardim não dá... ainda não, vamos ver quando ficar claro que é redução de danos trocar o álcool, principalmente para quem tem problemas com o álcool, pela maconha, e que é melhor fumar/vaporizar ou beber o “chá verde” (que não é psicotrópico. Existem outros remédios na erva). O fato é que o Brasil caminhou muito neste sentido, legalizando e reconhecendo respeitosamente as religiões do Daime; a religião rastafari não possui templos (ditado pela tradição ancestral, historicamente, depois, a religião passa a ter templo, mas ele é vazio, o altar é vazio), isto dificulta enquadrar em cerimônia de culto o uso do sacramento cannábico e despenalizar/aceitar o uso religioso da maconha. Primeiramente teríamos que aceitar a maneira que a religião rastafari se constitui, o corpo é o templo, como na ioga, por isto ser Intal, naturalista, higiênico e ecológico.
Querem ler sobre a nova lei brasileira:
http://www.icmag.com/ic/showthread.php?t=44420
Abraços Canábicos!
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